sábado, 25 de setembro de 2010


Sinto os cobertores a envolver a minha pele e roupa. Descalcei-me, meti-me por baixo dos lençóis e aninhei-me, senti um conforto familiar um calor agradável que me percorria todos os poros, agarrei-me a uma das pontas do cobertor, não o larguei como se tivesse medo de deixar de sentir o familiar conforto.

Sinto tudo a fugir e no entanto tanta coisa que cola a mim com uma rapidez quase sobrenatural, deverei eu continuar a agarrar o passado ou escolher o presente?

Sinto arrepios em todo o meu ser, caiem-me lágrimas, sou falível confesso e admito, mas não exijo perfeição.

Queria que o mundo congelasse e eu pode-se me despedir de todos os que conheci e agora não reconheço, que mudaram e que ficaram intemporalmente marcados da minha memória.

Quero voltar a sentir afeição dos que mais procuro aceitação e carinho.

Sou apenas eu, amo.

2 comentários:

  1. "De que serve o tempo
    Se eu estou sempre parado?
    De que serve a vida,
    Se o passado já foi
    O futuro virá um dia
    E o presente é amaldiçoado?"

    O texto está lindíssimo, e a música a acompanhar é algo de sobrenatural...
    Como se tudo parasse, apenas num texto.

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